O primeiro acidente em Shanghai!

No nosso grupo de amigos aqui de Shanghai já todos temos bicicleta… sendo assim, são várias as vezes em que saímos todos juntos para ir dar alguns passeios pela cidade, principalmente ao fim-de-semana!
Andar por Shanghai em qualquer veículo com rodas é uma aventura. Ora, as bicicletas têm rodas, certo? Então não será novidade se vos disser que estes passeios para além de serem úteis para conhecer melhor a cidade e termos uma melhor noção das ruas e dos caminhos que podemos tomar, são também uma fonte de adrenalina! Já sei que o senhor meu pai vai ficar muito preocupado com isto que vou dizer, mas é lindo andarmos a serpentear por entre os carros, a “assapar” pelos passeios cheios de pessoas, a andar por avenidas e ruas em que as bicicletas não podem andar, a passar os sinais encarnados, etc.… Pode parecer estúpido fazer estas ‘barbaridades’ mas está sempre tudo controlado! A sério! Já estamos imbuídos do espírito e da telepatia chinesa que evita que nos deixemos levar por situações de perigo…
Ora bem… o problema surge quando alguém que ainda não está habituado ao trânsito aqui do sítio se coloca em cima de uma ‘bicla’ ao seu segundo ou terceiro dia em Shanghai! A quem é que me estou a referir? Pois bem, esse senhor dá pelo nome de Martim Gonçalves! Eheh Martin! Obrigado por me teres lembrado… é que no post que fiz em relação à tua passagem por Shanghai esqueci-me de contar esta pequena pérola!
Este meu caríssimo, talentosíssimo e enormíssimo amigo teve aquele que foi o primeiro acidente de bicicleta a envolver uma alma portuguesa! Ainda por cima sabem onde se deu o ‘trágico’ acontecimento? Dentro do nosso condomínio! Incrível! O acidente não teve nada de especial, mas não deixa de fazer história. O Martunis “ia na sua” muito tranquilamente e ao ouvir uma mota na sua retaguarda desvia-se para a esquerda, deixando todo o espaço do mundo para o senhor passar! Não é que ele decide passar pela esquerda entre o Martim e um carro que estava estacionado? Ao vermos o senhor no chão, com aspecto de estar realmente magoado ficámos preocupados. Sem conseguirmos falar com ele por motivos óbvios estávamos à espera que alguém lhe perguntasse onde estava magoado. Nada! Ninguém se dignou dirigir-lhe uma palavra, e ele estava ali deitado no chão meio assustado, sem reagir ao que se tinha passado. Estão com pena dele? Pois não estejam… Mais tarde, já com a ajuda de um francês acompanhado de uma chinesa, viemos a perceber que o nabo da mota apenas tinha uma ferida e que queria era dinheiro. Típico. Estava-se a aproveitar da situação para nos sacar uns tustos… Incrível, não é? Este tipo de situações, segundo sabemos, são relativamente comuns com estes senhores… É que é gente simpática!!

PS - deixem-me referir que acredito piamente na inocêncio do Martim nesta história! Acredito que o chinês é que foi um valente nabo!!